O baterista Pete Parada foi demitido da banda The Offspring, com quem toca desde 2007, por conta de sua recusa em tomar a vacina contra a covid-19. O músico comunicou sua saída do grupo, que lançou o álbum Let the Bad Times Roll em abril, pelo Instagram.
No seu texto, Parada atribuiu a recusa da vacina a uma condição imunológica rara chamada Síndrome de Guillain-Barré, em que a degeneração das células nervosas do corpo pode levar à paralisação de várias funções motoras.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o agravamento da Síndrome de Guillain-Barré é um efeito colateral raríssimo de apenas algumas vacinas contra o coronavírus, especificamente aquelas produzidas através do adenovírus, como AstraZeneca e Janssen. Incidências menores do que 0,001% de casos de Guillain-Barré foram detectadas em aplicações de ambas as vacinas nos EUA e na União Europeia.
Mesmo assim, Parada escreveu no seu post que a decisão de não tomar a vacina foi tomada junto ao seu médico, e que “os riscos superam os benefícios para ele“. “Eu não tenho sentimentos negativos em relação à minha banda. Eles estão fazendo o que é melhor para eles, assim como eu”, disse ainda.
O músico também pediu pela compreensão dos fãs e disse que “as pessoas que estão hesitando em tomar esta vacina merecem ser ouvidas“. O The Offspring, enquanto isso, não se posicionou oficialmente sobre a saída do baterista.
O que pode ter agravado a situação de Parada na banda é a formação do vocalista Dexter Holland, que obteve um PhD em biologia molecular em 2017.