A história dos sistemas de som brasileiros inspirados na cultura jamaicana começa a ser traçada na década de 1970, no Maranhão, com as tradicionais radiolas – paredões imensos de caixas de som.
Um pouco antes disso, mas ecoando outras sonoridades, surgem em meados de 1950 os “sonoros” paraenses, que tiveram um boom a partir da década de 1980, com o crescimento e popularização dos eventos locais de tecnobrega/tecnomelody, ritmo considerado patrimônio histórico pela lei estadual 7.708/13.
Uma outra forma de celebrar a cultura jamaicana no Brasil e a forma perfeita com que ela se funde por aqui surge a partir do início dos anos 2000, com os chamados sound systems, que explodem a partir de capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e outras, se espalhando rapidamente pelo Brasil.
Sound system no Brasil e o crescimento histórico
Em 2019, os paulistanos Daniella Pimenta e Natan Nascimento lançaram um catálogo ilustrado, “Mapa Sound System Brasil”, contemplando mais de 120 reggae sound systems brasileiros inspirados não só na Jamaica, mas na cultura diaspórica do reggae e dub que se expandiu na Europa.
Tanto o catálogo quanto o Portal Mapa Sound System Brasil, que foi ao ar no dia 25 de setembro, são frutos de um projeto iniciado em 2015 no site Groovin Mood.
O Portal é uma extensão mais completa do projeto, e que tem como objetivo realizar um trabalho de registro e preservação de memória da cultura sound system, que em cada região do país se funde à cultura local trazendo aspectos únicos e especiais.
“O nosso objetivo é levar para o leitor – brasileiro e de fora do país – um panorama da movimentação da cultura de sistemas de som de reggae em moldes jamaicanos no Brasil. Queremos trazer uma amostragem – a mais acurada possível – do que vem acontecendo por aqui, e poder reunir informações e dados para preservar a memória do que tem sido realizado nesse sentido – e que não é pouco”, finaliza Daniella.
Saiba mais em: www.mapasoundsystembrasil.com.
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