Em outubro, a cidade do Rio de Janeiro vai ganhar seu primeiro museu a céu aberto, colocando o mapa da arte urbana carioca ao alcance de todos, na ponta dos dedos.
Idealizado por Andre Bretas e Joa Azria (coordenador geral do projeto), nomes importantes por trás da revitalização da área portuária através do grafite, o Museu de Arte Urbana do Porto (MAUP) será inaugurado oficialmente dia 18, com o lançamento da plataforma digital, que traz mais de 50 murais da cidade catalogados e mapeados para quem quiser ver. Espalhados pelas imediações de Santo Cristo, Gamboa e Boulevard Olímpico, os grafites poderão ser conferidos em dois roteiros distintos para serem feitos a pé.
O objetivo do MAUP é não só promover a arte urbana como informar e fomentar esse mercado que só cresce no país e no mundo.
Atualmente, a coleção do MAUP é composta por cerca de 50 grafites de dimensões monumentais. E o melhor, com um acervo que não para de crescer. Os mais recentes trabalhos a integrar a lista são dos paulistas Apolo Torres e Erica Mizú, que vieram ao Rio, em março, a convite do projeto de muralismo RUA WALLS. Até o lançamento, mais três artistas deixarão sua arte em prédios da cidade: o holandês Leon Keer, famoso por suas pinturas em 3d (que vem com o apoio do Consulado da Holanda); Rero, artista francês que trafega entre o urbano e o contemporâneo (com o apoio do Consulado da França); e a dupla de brasileiros do “8-bitch”, conhecida por suas intervenções usando azulejos, pastilhas de vidro, tinta spray ou acrílica
Em dezembro, mais uma pintura já está programada com o artista francês, Remed, que tem como marca mensagens filosóficas em caligrafia, escritas em paredes, metais e todo o espaço urbano.