O relatório ‘Planeta Vivo’, estudo científico realizado pela ONG WWF, revelou que o mundo perdeu quase 70% dos animais silvestres em 50 anos. O motivo é, principalmente, a ação humana.
A pesquisa usou como base outros estudos, produzidos entre 1970 e 2016. “O que a gente está vendo é que existe uma tendência de declínio em 94% das populações na América Latina. Algumas espécies têm problema com coleta excessiva, com caça, mas isso tudo se junta à perda de hábitat para causar esse cenário muito grave”, explica a bióloga da WWF Paula Valdujo.
Paula ainda ressalta que os impactos da destruição do meio ambiente não prejudicam apenas a qualidade de vida de diversas espécies animais, como também a do ser humano.
“Tudo que acontece na natureza, em algum momento, tem consequências para a gente. A gente está falando de qualidade de água, por exemplo. Se não existe um cuidado nas nascentes para que essa água não vá para os rios com uma grande quantidade de poluentes, com pesticidas e tudo mais… Esse cuidado é fundamental para que a água que chega na cidade tenha uma boa qualidade.“
Para a bióloga, apesar do estado de emergência, ainda há tempo para a mudança de comportamento da humanidade para com a natureza.
“A gente tem exemplos como as tartarugas marinhas. As intervenções do projeto TAMAR fizeram com que essa população se recuperasse […] A educação é fundamental nesse processo, mostrar para crianças e jovens a importância de ter um ambiente de alta qualidade para garantir a qualidade de vida de todo mundo.”