O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que o parque linear projetado nas margens do Rio Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, receberá o nome de “Parque Linear Bruno Covas” em homenagem ao prefeito da capital paulista, que morreu neste domingo (16) vítima de câncer.
“Homenagem merecida a quem se dedicou a cuidar da população de São Paulo e trabalhar pela transformação da capital em uma cidade mais atrativa e sustentável“, escreveu o governador no Twitter nesta segunda-feira (17).
Parque Linear
Um consórcio já foi contratado para implantar o primeiro trecho do parque. Em abril deste ano, o governo abriu um edital para contratação de uma empresa que assuma a segunda etapa de implantação do projeto.
A empresa escolhida para prolongamento da ciclovia até o Cebolão também será responsável pelos custos de implantação, operação e manutenção de outras áreas de lazer às margens do Rio Pinheiros ao longo de 9 km – da Ponte Cidade Jardim até a altura da Marginal Tietê.
O governo espera que a gestão privada construa pistas de caminhada, pontos de alimentação, banheiros e novos acessos para interligação do parque com o transporte público.
Em contrapartida, a empresa poderá explorar o local com publicidade e promover eventos na área. O chamamento público recebe propostas até 20 de maio.
Em janeiro, o governo assinou um contrato com o Consórcio Parque Novo Rio Pinheiros – formado pelas empresas Amarílis, Farah Service, Jardiplan e Metalu Brasil, para investir R$ 30 milhões na revitalização do 1º trecho das margens, com 8 km de extensão, entre as pontes João Dias e Cidade Jardim.
Em setembro de 2020, outro contrato foi firmado para concessão da Usina de Traição, na altura da Ponte Ary Torres, pelo prazo de 22 anos, com uma proposta de R$ 280 milhões.
Puerto Madero é um dos bairros mais populares de Buenos Aires, na Argentina, em que há um porto às margens do Rio da Prata. O local é repleto de bares e restaurantes e se tornou um ponto turístico.
Despoluição do Rio Pinheiros
A promessa de limpeza do Rio Pinheiros é antiga na capital e já frustrou os paulistas em diversas gestões.
Dessa vez, contudo, a estratégia é elogiada por especialistas, pois concentra a maior parte do investimento – R$ 1,7 bilhão de R$ 3,5 bilhões, na expansão da rede de coleta de esgoto, impedindo que seja despejado nos córregos que abastecem o Pinheiros.
Ao mesmo tempo o projeto pretende universalizar o saneamento básico nos bairros que compreendem a bacia do Rio Pinheiros.
Até o momento, mais de 230 mil ligações de esgoto, de um total de 533 mil, foram conectadas à rede para tratamento, beneficiando 690 mil moradores das zonas sul e oeste da capital. O governo tem como meta beneficiar 3,3 milhões de pessoas ao final do projeto.