A companhia de Metrô da cidade de São Paulo obteve autorização da CPPU (Comissão Protetora à Paisagem Urbana) para lançar concessão para “naming rights”, direito de nomeação de estações por marcas em forma de propaganda.
A mudança também concede chamadas de áudio nos trens e exibição de logos em mapas, site, redes sociais e aplicativos do Metrô. O prazo concedido será de 20 anos.
Os “naming rights” já são concedidos em estações do metrô do Rio de Janeiro. São também um modelo de negócios muito adotado no futebol, com a concessão dos direitos de nomeação de estádios e arenas.
Com a autorização, a companhia de Metrô avança com o projeto sem ferir a Lei Cidade Limpa, que restringe a poluição visual com propagandas na capital paulista.
O diretor comercial do Metrô, Cláudio Ferreira, fez o pedido em 10 de fevereiro. Durante a apresentação, alegou que a concessão de naming rights pode ampliar a receita não-tarifária, além de “padronizar a sinalização visual da companhia”.
Dessa forma, segundo Ferreira, as 84 estações de metrô passarão a apresentar layouts na cor preta e com inscrições em branco. Na parte superior, serão sinalizadas as cores das linhas com o respectivo número. Abaixo, o espaço para os patrocinadores pode ser visto em tamanhos de 30×30 ou 30×60 centímetros.
A concessão estipula que as estações recebam o nome de marcas ou produtos por 10 anos iniciais, podendo ou não haver renovação por mais 10. O pagamento pelo espaço será realizado mensalmente. Com isso, as empresas ganham chamadas de áudios nos trens, exibição das logos em serviços digitais do Metrô.
Com a mudança, o Metrô tenta ampliar a arrecadação afetada desde o início da pandemia. Os valores não foram divulgados.
Não há previsão de mudanças nas estações da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).