E aconteceu neste final de semana (28 / 29 de março) a 4ª edição do festival que se tornou um dos mais famosos e aguardados do país, o Lollapalooza, evento criado pelo vocalista do Jane’s Addiction, Perry Farrel, nos anos 90, que reúne nomes da cena indie, rock e eletrônica. E o Artescétera estava lá.
Geralmente, os headliners do festival são bandas mais voltadas para o rock e indie; assim como foi em 2012, com Foo Fighters e Artic Monkeys, Pearl Jam, The Black Keys e The Killers, em 2013 e Soundgarden, Nine Inch Nails, Muse e Arcade Fire, em 2014. Neste ano o cenário mudou e a organização apostou em dividir as principais atrações entre rockeiros e DJ’s. Entre as principais atrações estavam Jack White, Skrillex, Calvin Harris, Robert Plant, Pharrel Williams, Smashing Pumpkins, entre outros.
Podemos dizer que a aposta deu certo. Mesmo que o line up tenha sido claramente mais fraco que os anos anteriores, o público não se deixou abater e compareceu em peso nos shows do Skrillex e Calvin Harris; o segundo não é dos meus favoritos, mas o Skrillex surpreendeu a todos em uma apresentação com muita energia e o público delirando em um clima digno das melhores raves.
Partindo para o rock ‘n roll e indie, o festival contou com os californianos do Foster The People, que grande parte do público era formado por adolescentes e hipsters, o ex líder do White Stripes, Jack White, que também surpreendeu com um show excelente, tanto na performance quanto em suas músicas da carreira solo, os britânicos do Kasabian, que não assisti ao show, mas falaram que foi muito bom e os veteranos do Smashing Pumpkins, que fecharam o domingo (junto com Pharrel Williams) com chave de diamante, num show memorável que contou com clássicos inesquecíveis dos anos 90.
Se você está sentindo falta de um nome que não foi citado acima, fique tranquilo que eu não esqueci. Um dos nomes mais aguardados do festival (não pela maioria, infelizmente), a lenda viva do rock, Robert Plant – vocalista do Led Zeppelin, fez uma apresentação para grande público, mesclando canções de sua carreira solo e clássicos absolutos do Led, com pequenas mudanças de arranjos. Grande parte do público estava ali simplesmente por marcar presença no show de Plant, mas até os mais novos se empolgaram com a mega clássica Rock And Roll, fechando o espetáculo. O cara merece respeito!
Ainda tivemos diversos artistas que representaram o país nos palcos alternativos, como Pitty, Marcelo D2 e a Banda do Mar, formada pelo casal Marcelo Camelo e Mallu Magalhães, que também trouxeram grande público para um começo de festival Não podemos esquecer também da tenda Perry, que traz diversos nomes da música eletrônica mundial e, mesmo que não seja tão popular quanto os outros palcos, ainda assim consegue trazer aquele clima de PVT (raves de pequeno e médio porte).
Por fim, o Lollapalooza 2015 ainda foi (bem) inferior aos anos anteriores no quesito atrações, já que as deste ano, de um modo geral, estavam um pouco mais voltadas ao público adolescente e hipster. Até pais foram acompanhar os filhos no festival. Porém, no quesito organização, o festival se comportou direitinho novamente e atendeu a todos os presentes da melhor maneira possível. Se você não espera filas em um festival com quase 70 mil pessoas, você está no mundo errado.
Deixo minhas considerações negativas para a grande distância de um palco para outro, que acaba quase tomando mais tempo se locomovendo do que o próprio show e, principalmente, para os abusivos preços cobrados nos itens de alimentação. Mesmo que a Cantareira tenha abaixado seu nível, cobrar 5 reais em um copo de água é um absurdo. Culpa do público que não se manifesta.
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