Quando um ator ou atriz bombam em Hollywood, a tendência é que partam para produções milionárias e/ou filmes (geralmente dramas) que exijam uma boa atuação para ter atenção do Oscar.

Uma das atrizes de mais destaque ultimamente é Scarlett Johansson, pois além de ter uma beleza ímpar, já provou ser muito talentosa.

E uma das provas de seu talento é ter estrelado um filme de ficção científica de baixo orçamento e totalmente experimental, atitude não muito comum entre as grandes estrelas. E nesta edição do Filme Estranho pra Gente Esquisita vamos falar do excelente e estranho Sob a Pele.

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A história do filme é centrada em Laura (Johansson), uma alienígena que chega à Terra e percorre os mais variados cenários em busca de presas humanas. O disfarce de Laura é o corpo de uma bela mulher, que usa justamente a sedução para atrair homens e se alimentar deles.

Quando lemos a sinopse, é difícil não imaginar sangue, tripas, gritos, agonias, dilacerações, etc. E está é uma das melhores surpresas, já que tudo é retratado de uma maneira muito subjetiva, representativa e experimental.

O filme é repleto de bizarrices. Logo após os créditos iniciais, são mostradas formas estranhas em movimento que parecem  ter vindo de 2001 – Uma Odisseia no Espaço, e que se concluem em um olho humano. Posteriormente, um motoqueiro em alta velocidade para em uma estrada e apanha um corpo de uma mulher. Ele leva o corpo para uma van que está estacionada próximo dali. O interior da van parece uma sala toda branca e logo o espectador já se anima, pois uma Scarlett Johansson toda nua, começa despir a morta para usar suas roupas. E a partir daí começa a busca da personagem por suas presas.

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Um dos pontos fortes do filme, é quando Laura obtém sucesso em sua “caçada”. O ambiente criado para representar a protagonista se “alimentando”, parece o cenário de um pesadelo. Trata-se de um local negro, onde os homens seguem uma Scarlett Johansson se despindo e, enquanto caminham, começam a afundar no ambiente, como se fosse um pântano (ao som de uma trilha assustadoramente sensual).

Ao desaparecer totalmente, a missão da ET está cumprida e seu estômago cheio. Em certo momento, é mostrado a vitima depois de “afundada” no ambiente negro, porém, não vou dar detalhes aqui para não estragar a surpresa.

O filme começa a “pegar forma” quando Laura tenta seduzir um homem cuja face é toda deformada, onde ela começa a perceber uma certa humanização que até então desconhecia.

O diretor Jonathan Glazer humaniza a protagonista de uma maneira muito sutil, sem grandes expressões ou situações que contribuem para tal. Glazer realiza um trabalho diferente por fazer Sob a Pele parecer, em certos momentos, um documentário. Fica no ar a pergunta se o final do filme tem relação com o começo. Só assistindo para saber (ou não).

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Sob a Pele é o clássico exemplo de que não se deve levar a sério muitos críticos especializados, já que o ele foi vaiado por muitos presentes em sua primeira exibição. Acredito que eles não imaginariam que a atriz atuaria em um filme tão bizarro assim.

Logicamente que gosto não se discute, mas o filme apresenta uma fotografia muito competente (uma fria e cinza Escócia), juntamente com seus efeitos especiais, sua visão sobre a bondade e maldade dos humanos e, principalmente, o clima de suspense muito bem inserido pelo diretor. É um filme que merece ser assistido. Você pode até não gostar, mas vale (e muito) a experiência.