[Texto de Gabriel Augusto]

Muita gente ainda não conhece, mas o programa “Choque de Cultura”, da produtora “TV Quase”, é uma das melhores novidades da comédia, depois do surgimento do “Porta dos Fundos”.

Os personagens do programa são motoristas de van. Quer dizer, motoristas não. Pilotos (como eles mesmos se classificam)! Na paródia, eles brincam de criticar filmes e séries, se tornando uma crítica bem humorada para os especialistas de cinema.

 

O formato

Um apresentador e três comentaristas (Rogérinho do Ingá, Maurílio dos Anjos, Julinho da Van e Renan). A ideia inicial era fazer uma crítica bem humorada e direcionada aos especialistas de cinema. Porém, hoje em dia, com personagens tão bem construídos eles conseguem brincar com a personalidade de cada um e o filme ou série analisada acaba virando só um pano de fundo.

 

Ida para a Globo

A última temporada do “Choque de Cultura” foi produzida para o canal do site Omelete, no Youtube. E deu muito certo. Os vídeos bombaram e diversos bordões do programa ficaram conhecidos.

Você achou que o “Choque de Cultura” não ia para a TV? Achou completamente errado, otário! A ideia da Globo foi a mais inteligente possível. Todo domingo, após o filme da temperatura máxima, os maiores nomes do transporte alternativo entram para fazer uma análise detalhada sobre o filme. São cerca de cinco minutos de piadas e mais uma versão estendida exclusiva para o portal da Globo, o Gshow.

A Globo pouco anunciou a nova atração da grade, mas o impacto nas redes sociais foi gigantesco. Muito pelo fato de que eles não se adequaram à TV e sim o contrário. No segundo programa, o grupo fez piada até com o excesso de emoções no programa do Rodrigo Faro, na Rede Record.

Lembrando que essa não é a primeira parceria entre o grupo e a Globo. Ano passado, nos jogos de inverno, Daniel Furlan e Caito Mainier fizeram outro programa da produtora no Sportv, o “Falha de Cobertura”. Além disso, a equipe ainda escreve o “Lady Night”, talk show da Tatá Werneck no Multishow.

 

O Choque de Cultura está fazendo a transição ideal para a televisão, uma mídia diferente e que ainda é um grande veículo de massas. Se a parceria se estender, a Globo pode voltar a fazer bons programas de humor.