Muitos brasileiros têm mania de enaltecer tudo que é de fora. E com o cinema não é diferente. É comum e triste ver salas de cinema repletas de filmes de super-heróis e continuações exaustivas das já horríveis franquias Transformers e Velozes e Furiosos.

Pior ainda é ouvir que o cinema nacional é ruim. Dos argumentos, o mais famoso e sem fundamento é “filme brasileiro é só sexo, favela e drogas“. Os outros, não vale nem a pena entrar no mérito, como “dá prejuízo na economia”, “não tem efeitos especiais bons”, etc.

Enfim, deixando a negatividade de lado, hoje (19) é Dia do Cinema Brasileiro. E para celebrar esta data de extrema importância para a cultura nacional, separamos 9 maravilhosos filmes nacionais e que fogem bastante do estereótipo filme de favela.

 

Estômago

Um dos melhores filmes nacionais de todos os tempos. Estômago conta a história de Raimundo Nonato, um homem que saiu do interior para tentar a sorte na cidade grande. Trabalhando de faxineiro num bar, descobre que tem grande dom para ser cozinheiro. Com o sucesso do bar, é chamado para trabalhar em um fino restaurante italiano.

 

Tolerância

Com Maitê Proença, Roberto Bomtempo e Maria Ribeiro, Tolerância conta a história de um casal que leva o relacionamento de maneira libertária, sem conservadorismo, até mesmo na maneira de criar a filha. O relacionamento começa a desmoronar quando a esposa, advogada, conta para o marido que teve que transar com um cliente em prol de um caso.

 

Nina

Com impecável direção de arte e uma forte atuação de Guta Stresser (a Bebel, de A Grande Família), Nina conta a história da personagem título, uma garota rebelde que mora de aluguel com uma senhora exploradora e mesquinha. Constantemente sendo mal-tratada, Nina acaba se envolvendo em um crime.

 

O Homem que Copiava

Outra obra máxima do cinema nacional e com exímia atuação de Lázaro Ramos, o filme mostra um humilde operador de máquina de fotocópia que, ao se apaixonar por sua vizinha, se torna falsificador de dinheiro.

 

À Deriva

Aqui um grande exemplo de temáticas exploradas em filmes do mundo inteiro, o auto-conhecimento. À Deriva explora com sutileza ímpar a vida de Filipa, uma garota de 14 anos que começa a se despertar para a vida sexual enquanto a criança dentro dela ainda vive por conta de uma possível separação dos pais.

 

O Cheiro do Ralo

Mais uma obra máxima do cinema brasileiro, a trama fala sobre Lourenço, um vendedor de objetos usados que vive uma vida quase comum, mas que começa criar obsessões e sensação de poder quando situações começam a sair do controle de sua vida, como o desagradável cheiro do ralo do seu escritório, um olho de vidro e a bunda de uma garçonete.

 

Um Copo de Cólera

Estrelado pelo casal Alexandre Borges e Júlia Lemmertz, o filme mostra um casal vivendo um tórrido dia de sexo, até que o homem vê um buraco em sua cerca viva causado por formigas saúvas, despertando uma ira incontrolável onde colocará o relacionamento do casal em jogo.

 

Garotas do ABC

O filme é ambientado na cidade de São Bernardo do Campo, do ABC Paulista, centro de diversas indústrias têxteis e metalúrgicas. Na trama, Aurélia é uma jovem negra, cheia de sonhos e atraída por homens musculosos e se apaixona por um forte neonazista que faz parte de uma gangue que comete atentados contra negros e nordestinos.

 

Dois Perdidos Numa Noite Suja

Ambientado em Nova Iorque, o filme conta a história de uma imigrante ilegal brasileira que se vê em apuros em um banheiro público e é salva por outro brasileiro. Os dois vão morar juntos e iniciam uma relação destrutiva e infernal, que revela sua falta de esperança por uma vida digna.