Nos últimos anos, o passeio mais popular entre brasileiros que visitavam Santiago era um reservatório de água. Guardadas as devidas proporções andinas, seria como atrair turistas estrangeiros para mananciais da Cantareira ou do Guarapiranga, em São Paulo.
Principal abastecimento para consumo humano da Região Metropolitana de Santiago, Embalse El Yeso (“Reservatório O Gesso”, em tradução literal para o português) virou febre entre turistas do Brasil, sobretudo pelo visual do entorno e pela proximidade com a capital chilena, a 100 quilômetros dali.
Mas os problemas nesse atrativo improvisado a 1h30 de Santiago vieram na mesma velocidade de sua popularidade, como o acidente que matou duas crianças brasileiras após o desprendimento de rochas, em 2019.
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Atrativo não foi pensado para turismo
Recentemente, agências chilenas foram surpreendidas com a retomada de uma resolução de 2019 que proibia a circulação de pedestres e veículos na Ruta G-455, estrada para o Embalse El Yeso. Com a decisão, o acesso agora fica proibido entre abril e agosto.
Com a chegada da temporada de inverno nos Andes, o atrativo ficará fechado para visitação turística por conta da temporada de chuva e neve que podem causar nevascas e deslizamentos de terra. Segundo o Ministério de Mineração do Chile, via Diário Oficial, o local está em situação “geologicamente instável e não garante a segurança de quem transita por ali, com probabilidades de novas quedas de rochas“.
Inaugurada em 1964, essa reserva fica em uma área privada de mineradoras, cujo acesso é por um via “instável, estreita e perigosa”